Apresentação

Gosto muito de Travel Bugs. Encanta-me o conceito e a simplicidade da coisa provocou-me aquele amor à primeira vista. Que maravilha, esta pequeno objecto que anda por ai e ao qual nos sentimos ligados por um amor quase paternal / maternal. Na realidade, a primeira vez que tive contacto com uma coisa do género foi no filme O Maravilhoso Mundo de Amélie Poulain, quando ela se dedica a aborrecer o seu pai com as fotos do precioso anão, raptado à segurança do jardim, e colocado ficticiamente a circular por esse mundo fora. Assim, quando comecei a practicar Geocaching, essas imagens acorreram-me imediatamente à mente.

Paradoxalmente, ainda demorou algum tempo até lançar o meu Travel Bug inicial, primeiro filho de uma ninhada de três, encomendada a um traficante holandês que intermediava estes produtos exclusivos da Groundspeak.

As corridas de Travel Bugs fazem parte do universos destas criaturinhas quase vivas. Que encantadoras são estas pacíficas competições, que lançam um tempêro extra no gosto que temos em ver evoluir as nossas mascotes por aí. Contudo, nunca apreciei os princípios das corridas à milha, vencidas por força bruta, muitas vezes com movimentos menos leais que tudo podem decidir. Acho mais requintada a pontuação de uma prova por objectivos. E assim, tendo entre mãos o último dos irmãos, os tais vindos da Holanda, decidi lançar um desafio e iniciar esta prova: Volta ao Mundo numa Eternidade. Porque se trata de fazer percorrer os cinco continentes (os sete mares não são necessariamente uma obrigação) e porque não há um limite de tempo e me parece que para um TB passar por essas terras todas, demorará efectivamente uma eternidade.

[English Version]

I like Travel Bugs a lot. I feel attracted by the concept, and the simplicity of the thing triggered that love at the first sight. How wonderful, this little object travelling around, to which we feel connected by an almost paternal/maternal love. As a matter of fact, the first time I saw something similar to this was in the movie "The Wonderful World of Amélie Poulain", when she keeps bothering her father by sending photos of the precious dwarf, kidnaped from the safety of its garden, to start a fictitious journey around the world. Then, when I started practicing Geocaching, those images immediately came to my mind.

Paradoxically, it took a while before I created my initial Travel Bug, first son of a threesome, ordered to a Dutch smuggler that was selling these Groundspeak exclusive products.

Travel Bug races pertain to the universe of these almost living creatures. How charming, these peaceful competitions, adding an extra flavor to increase the tasteful joy of looking at our mascots evolving around. However, I never fancied the principles of mileage races, won by brute force, often recurring to less loyal movements that may decide everything. I prefer the scoring rules of objective driven races. Therefore, having in hand the last of the three brothers, the ones that came from Holland, I decided to create a challenge and started this new race: Around the World for an Eternity. Since this is about running all over the five continents (the seven seas are not mandatory) and there is no time limit, I believe that it will really take an eternity for a TB to visit all those lands.